Glaucoma: Tipos, fatores de risco, e o papel do Optometrista na sua prevenção

28-06-2024

O glaucoma é uma doença ocular que danifica o nervo óptico, essencial para a visão, e pode levar à cegueira se não for tratado atempadamente. A causa principal é a pressão intraocular elevada, mas existem outros fatores de risco.

Tipos de Glaucoma

Os principais tipos são:

  1. Glaucoma de Ângulo Aberto: O mais comum, desenvolve-se lentamente e não apresenta sintomas iniciais.
  2. Glaucoma de Ângulo Fechado: Menos comum, ocorre subitamente com dor intensa e perda rápida de visão.
  3. Glaucoma Congénito: Presente no nascimento, resulta de anomalias no desenvolvimento ocular.
  4. Glaucoma Secundário: Decorrente de outras condições clinicas, como diabetes ou uso de corticosteróides.

Hereditariedade e Fatores de Risco

A hereditariedade desempenha um papel importante no glaucoma. Pessoas com familiares próximos que tenham a doença apresentam um risco aumentado. Outros fatores de risco incluem idade avançada, pressão intraocular elevada, miopia severa, antecedentes de traumas oculares e condições clinicas como a hipertensão e a diabetes.

Prevenção do Glaucoma

A prevenção do glaucoma é desafiante, mas a deteção precoce é fundamental para controlar a progressão da doença. As medidas preventivas incluem:

  • Exames oculares regulares, especialmente após os 40 anos.
  • Monitorização da pressão intraocular.
  • Adotar um estilo de vida saudável, com dieta equilibrada e exercício físico regular.

O Papel do Optometrista

O optometrista é crucial na prevenção e combate ao glaucoma. Durante os exames de rotina, os optometristas:

  • Avaliam a pressão intraocular.
  • Realizam exames de campo visual e tomografia de coerência ótica (OCT) para detetar danos no nervo óptico.
  • Identificam sinais precoces da doença e referenciam o paciente para um oftalmologista, se necessário.
  • Educam os pacientes sobre a importância de exames regulares e adesão aos tratamentos prescritos.

Em suma, o glaucoma é uma doença séria, mas com deteção precoce e acompanhamento adequado, é possível gerir a condição e preservar a visão.

Por Miguel Geada Lopes, OD, DO, MBA